O turismo é um bem social que não faz escolha de pessoas ou grupos. E é por isso que, hoje, mais do que nunca é preciso que os hotéis e pousadas estejam preparados para recepcionar todos os indivíduos, sejam eles, pessoas com deficiência ou não.
No Brasil, as estatísticas de pessoas com deficiência são grandes. Segundo dados colhidos do IBGE, junto ao Ministério da Saúde, em 2019 – 8,4% de toda população brasileira possui algum tipo de deficiência. Ou seja, 17,2 milhões de pessoas possuem deficiência.
Dentre os tipos de deficiência, podem se destacar:
Com o passar dos anos, a população também envelhece e com isso outros problemas de saúde surgem, incluindo alguma deficiência ou dificuldade de locomoção. Segundo a Organização Mundial de Saúde, em 2025, existirá um total de aproximadamente, 2 bilhões de pessoas com mais de 60 anos. O que representa um grande movimento econômico da terceira idade, fato que aponta um crescimento considerável de viagens por grupos de idosos.
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Sendo assim, isso só comprova a necessidade que os estabelecimentos de hospedagens devem possuir acessibilidade para que nenhum cidadão deixe de receber as devidas comodidades que merece.
Saiba que por lei, todo indivíduo que possui algum tipo de dificuldade locomotora ou deficiência, tem o direito ao respeito e suporte de atendimento quanto suas necessidades.
Há uma convenção e Lei sobre o assunto:
Todos os colaboradores do hotel, devem ter treinamento adequado para atender todos os clientes que possuem dificuldades de mobilidade ou outro tipo de deficiência.
Além disso, é preciso se atentar para questões de infraestrutura, como:
É comum encontrarmos em hotéis e pousadas fachadas fenomenais, que encantam por sua arquitetura e beleza.
No entanto, mais comum ainda é perceber que na maioria dos casos, a acessibilidade foi deixada de lado, claramente esquecida no planejamento.
Em boa parte dos estabelecimentos, podemos encontrar os mesmos problemas logo na entrada, como:
É importante lembrar de reservar vagas no estacionamento para veículos cujos donos possuem mobilidade condicionada. Não se esqueça que estas vagas precisam estar em locais estratégicos, que facilitem a locomoção do seu hóspede especial.
O balcão de atendimento deve contar com profissionais capacitados para atender bem todos que ali chegarem. Para facilitar o acesso, o ideal é que o balcão possua uma região rebaixada para atender cadeirantes, pessoas com baixa estatura e até mesmo crianças.
Além disso, o recepcionista, ao atender um cliente com mobilidade condicionada, deverá averiguar o nível de limitações do cliente. Esses aspectos são facilmente identificados por profissionais que receberam cursos preparatórios.
Você possui piscina, restaurante, área de lazer e de convívio? Se possui, deve adequar todos os ambientes, deixando espaços maiores para locomoção das pessoas e permitindo o acesso por qualquer pessoa em qualquer ambiente.
Outro ponto que deve ser levado em conta é o banheiro. Este costuma ser um espaço particular, por isso é preciso equipá-los com móveis que gerem mobilidade individual para portadores de mobilidade condicionada.
No check-out, pode-se prestar ajuda ao hóspede através dos seguintes processos:
Para melhor atender hóspedes com dificuldades visuais, é interessante que o hotel possua informativos, orientações e cardápios em braille.
O recepcionista pode auxiliar com uma descrição objetiva do que há nos espaços físicos, facilitando assim na locomoção do cliente nas áreas do hotel. Algumas tecnologias em áudio também podem ser utilizadas, e uma iluminação especial com contrastes também exerce boa influência para a ergonomia e autonomia do cliente.
Além disso, seria interessante oferecer produtos de apoio como: Bengalas, cães de apoio, áudio guia, além de possuir um profissional com formação médica para atendimento emergencial.
Qualquer idade pode ter pessoas com problemas auditivos, crianças, jovens ou idosos. Por esse motivo é importante que o hotel e pousada possua placas de sinalização e principalmente um profissional capacitado para desenvolver uma comunicação em língua de sinais.
Melhor ainda se este possuir conhecimento em código de sinais a nível internacional.
Para facilitar o acesso a hóspedes com deficiência motora, o hotel e a pousada devem ter os seguintes amparos:
Degraus, rampas, elevador, largura ideal para passagem da cadeira através das portas, banheiros adaptados, cadeiras de banho, rampas amovíveis, andarilhos, assistência para subir escadas, para carregamento de bagagens, e também superfície antiderrapante para prevenção de quedas.
Cada tipo de deficiência exigirá uma providência apropriada. Portanto, ou o hotel se aprimora, ou acabará perdendo clientes para concorrentes que já se adaptaram a essa realidade.
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